
Formação De Novas Lideranças
O Evangelho de Mateus nos traz o seguinte registro:
"E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara". (Mateus 9.35-38)
Esta orientação continua válida para os dias de hoje. A necessidade é a mesma. Mudou-se os componentes que formam a multidão, mas ela continua necessitada, e o campo de trabalho sempre demandará uma quantidade de trabalhadores maior que os disponíveis. A igreja precisa de mais trabalhadores e de mais líderes. Porém, ela precisa de líderes que tenham o caráter semelhante ao de Jesus, que façam o trabalho da mesma forma como Jesus e que sigam o mesmo tipo de motivação: cuidar das pessoas por amor às pessoas.
O líder cristão ideal não é o que usa suas habilidades de liderança para fazer outros alcançarem os seus próprios interesses ou os da instituição que representa, mas é aquele que se dispõe a ajudar outros a desenvolverem seus potenciais para o benefício da coletividade e para a glória e honra de Deus.
Os líderes de igrejas que crescem concentram os seus esforços em capacitar outras pessoas para o ministério. Eles não usam os seus colaboradores como “ajudantes” para alcançar os seus próprios objetivos e implantar a sua visão. Pelo contrário, a pirâmide de autoridade é invertida: os líderes ajudam cada cristão a chegar à medida de plenitude intencionada por Deus para cada um. Eles capacitam, apóiam, motivam, acompanham a todos, direta ou indiretamente por meio de outros líderes, para que os cristãos se tornem aquilo que Deus tem em mente. Se observarmos esse processo mais detalhadamente, veremos que aqui são estimuladas capacidades orientadas tanto para objetivos quanto para relacionamentos.
Estes líderes precisam ter a visão de que o reino de Deus não é formado de estrelas, mas de pequenos focos de luz que iluminam este mundo. A comunidade é que precisa brilhar a glória de Deus através do amor, justiça e santidade que são evidenciados nos relacionamentos de uns para com os outros, e de todos estes para com a sociedade dentro da qual está inserida.
Há uma urgência inegável quanto à necessidade da formação de mais líderes, no entanto, na busca de cobrir a demanda, deve-se preservar o cuidado quanto ao tipo de lideranças que se tem produzido através dos populares seminários, congressos e cursos que visam este fim. A igreja não precisa de técnicos de igreja, por mais hábeis que sejam. Ela necessita desesperadamente de homens de Deus que sabem o que realmente significa orar; passar tempo em reflexão com a Palavra de Deus; tratar as pessoas como gente; liderar em amor, tendo numa mão a Bíblia, e na outra, uma bacia e uma toalha. Tais líderes poderão servir como modelo de uma nova safra de fiéis mordomos que honrarão o tipo de liderança vivenciada e requerida por Jesus.
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